domingo, julho 30, 2006

Minhas férias

Pois é... essa é a época de férias aqui no hemisfério norte.

As aulas presenciais nas universidades pararam lá pelo meio de junho, e então inicia a época de exames que dura um pouco mais de um mês. Ou seja, aqui fica-se assistindo às aulas durante uns três meses e tantinho e depois junta-se tooooda a matéria para então fazer um examezão só. Podendo fazer um segundo exame caso dê cáca :-P
E como é verão agora, agosto é férias. Na última sexta de julho a maior parte dos meus professores vieram me dar tchau, que estavam saindo de férias. O mês de agosto eu vou passar com a sala só pra mim. Pelo menos consertaram o ar-condicionado, porque a única janela que tem na sala dá pro corredor :-\ Mas então como eu sabia que eu teria um mês pra mergulhar nos livros pra me preparar pro primeiro exame de qualificação (que estava divulgado pra ser em setembro, mas finalmente marcaram uma data mesmo: 2 de outubro, segunda-feira, 14hs GMT) aproveitei o convite do Nuno pra irmos pro Algarve em um fim-de-semana (dias 15 e 16 de julho) pra fazer dele as minhas férias oficiais.
O Algarve é a região de praias mais famosa de Portugal, e no verão vem horrores de turistas
pra lá, tanto de Portugal quanto do resto da Europa, então é comum ouvires inglês, alemão, italiano e outras tantas línguas por lá.
O finde foi muito bom, apesar de ter passado super rápido.
Fui pra lá com a Val de ônibus na sexta a noite. Deveríamos ter pego o buzum às 20:30, mas atrasamos e perdemos. Sorte que não tinhamos comprado os bilhetes, mas localizar a rodoviária foi difícil (dependendo de onde vai o ônibus, ele pode sair de pontos diferentes de Lisboa, ou seja, não há uma só rodoviária aqui).

Mas havia outro ônibus às 22:30 e compramos as passagens. Só não pudemos comprar a volta, pois o horário que queríamos, que era domingo às 19hs, a mulher disse que não poderia vender, que era de outra companhia e blablabla. E as passagens de volta que ela podia vender era dos super-pinga-pingas, decidimos que íamos comprar a volta lá em Vilamoura mesmo.
Chegamos e o Nuno e a Sandra foram nos pegar no ponto de ônibus. Eles e a Vera tinham chegado no meio da tarde: foram com de carro com o pai do Nuno e o carro já estava lotado com o equipamento de golfe e os 4. E eu tinha que assistir um seminário na sexta no fim da tarde.
Sábado foi piscina de manhã (ruinzinha a piscina aí do lado, neh?), macarrão de almoço (eu que fiz ^.^) e praia à tarde. O mar era calminho e, contrariando toda a propaganda, com a água com temperatura agradável. À noite andamos pela marina de Vilamoura onde ficam atracados váááários barquinhos, barcões e iaaaates :-P
Domingo foi piscina de manhã até o meio da tarde, daí foi almoço e arrumação das coisas pra voltar. Saímos eu e Val, levadas pelo Nuno pra ir comprar a passagem do ônibus que saia às 19hs. E o posto de venda de passagens estava fechado. Desde sábado à tarde!
Toca pra cidade mais próxima onde tem uma pequena rodoviária. Tava lá o ônibus, mas não pudemos embarcar: o posto de vendas também tava fechado! E nada do motorista vender passagem. E agora? Duas opções: ir pra uma cidade ainda mais longe e ver se havia outro ônibus mais tarde (e sabia-se lá se o bendito posto de vendas nessa cidade maior também tava fechado ou não!) ou ir até Loulé, outra cidade há uns 5Km, pra ir de comboio (isso é trem em português europeu). E nos mandamos pra lá. Chegamos na estação 15 minutos antes do próximo trem pra Lisboa. E voltei de trem, o que foi óóóótimo. O trem é um pouco mais caro (coisa de 5 euros) mas bem mais confortável e rápido. Cheguei mais de 23hs da noite em casa, mas menos quebrada do que se tivesse ido de buzum.
Fim das férias. :-( Mas as fotos estão aqui.

domingo, julho 23, 2006

Caldas de Penacova

Encontrei! Já havia ouvido falar nesta marca com um nome, ahm... curioso, mas no domingo, dia 9 de julho, vi ao vivo e a cores. E a prova está aí na foto.
Nesse dia eu, a Vera e a Val fomos fazer programa de turista: visitar museus. Dica para quem vai para Lisboa: incluir um domingo no roteiro. Aos domingos pela manhã (que na realidade é até umas 13 ou 14hs) a entrada nos museus nacionais é gratuita. Então lá fomos nós no Mosteiro dos Jerônimos (que eu tinha só entrado na igreja da lá no ano passado) e depois no museu dos coches (que a Vera queria ir desde que tinha chegado aqui).
Mas como era domingo de manhã, pelo menos um compensação antes dos museus por ter acordado cedo: tomamos café da manhã (ou melhor, pequeno-almoço! :D) no tradicional local dos Pastéis de Belém. =)

O Mosteiro dos Jerônimos é lindíssimo. Eu já gostava de lá somente o conhecendo por fora, depois do passeio então... Há um jardim com uma bela fonte bem no centro e os detalhes das paredes esculpidos na pedra são lindos.
O museu dos coches tem cheiro de museu :-P Mas é interessante, não imaginava que as carruagens dos séculos passados fossem tão grandes. Morri de pena dos pobres cavalinhos que tinham que puxar aquilo tudo com umas tias gordas com mais 5Kg só de saia junto.
Saímos do museu e resolvemos subir no Padrão dos Descobrimentos (outro local que eu tinha ido ano passado, mas que não pude subir pois estava em reformas). A vista láááá de cima é ótima: vê-se o Mosteiro, a praça em frente, ao longe a Torre de Belém e do outro lado, a ponte 25 de Abril.

Bom, daí resolvemos que queríamos ir ao outro lado do rio Tejo. Queríamos chegar à Almada, para vero Cristo Rei (um Cristo Redentor like que fica do outro lado do rio :D). Como chegar? Nem idéia! Então resolvemos ir até o Cais do Sodré e de lá pegar um barco que atravessasse o rio, oras.
E foi o que fizemos. Chegamos do outro lado e havia uma praça, um bando de ônibus (ou autocarros, se quiserem ;-) ) e o Cais. Fomos andando pelo Cais, onde se avistava um elevador que, achavamos nós, poderia nos levar pra parte alta da cidade.
Anda, anda, anda... Tcharam! Cadê o elevador? No meio da calçada! Fora do local. :-O
Ficamos um pouco por lá mesmo, admirando a vista do rio e voltamos, com um programinha de índio na bagagem :^)
Fotos? Claro! Estão em mais um serviço do Google, que vai dominar o mundo, estou experimentando pra saber se é melhor que o Flickr. E gostei bastante. Clique aqui então para ver as fotos ;)

quinta-feira, julho 20, 2006

Dia do Amigo

Hoje é o dia do amigo. Eu tenho pelo menos dois posts atrasados pra colocar aqui (um domingo de museus e programa de índio e o do fim-de-semana passado no Algarve), mas não posso deixar essa data passar em branco.
Apesar de longe da graaaande maioria dos meus amigos, queria dizer algo pra eles. E também para os novos amigos que aqui fiz, que tem sido muito importantes nessa adaptação a um novo país, a tentar estabelecer uma nova rotina...
"Roubei" esse texto da página do Drebes e ele diz muito do que queria dizer pra vocês.
Brigada mesmo, gente!

Amigos
Vinicius de Moraes (1913-1980)

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer…

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.

domingo, julho 09, 2006

Pequeno Dicionário Português-Português 5

Especial Copa do Mundo, edição final

Arremate = chute a gol
Baliza = trave
Figo arremata! Baliza!!

Pontapé de baliza = tiro de meta
Pontapé de canto = escanteio
Era pontapé de canto, mas o árbitro dá pontapé de baliza.

Balneário = banheiro, vestiário
Os jogadores de Portugal estão concentrados no balneário e devem aparecer no relvado em pouco tempo.

Fora de jogo = impedimento
Passa a bola para Ronaldo, que novamente está fora de jogo.

*Adicionado em nova edição*
Auto-golo = gol contra
Auto-golo... Alemanha 2, Portugal 0.