Chegando em Lisboa e a Rua dos Baldaques

Após as 9hs e meia de vôo finalmente cheguei a Lisboa. Observei um pouco a cidade em que agora moro, tentando localizar os poucos lugares que tinha visitado no ano passado.
Na fila da imigração, conversei com a Kátia, uma carioca que veio a Lisboa fazer uma especialização em fonoaudiologia na Universidade Nova de Lisboa. É legal saber que não és a única em um lugar que se sente "caindo de pára-quedas". Trocamos e-mail após pegarmos as malas e então fui pegar o táxi: eu tinha cerca de uma hora para chegar na residência ou poderia não conseguir entrar...
Coloca as malas no carro, entra no táxi, "Rua dos Baldaques, por favor". "Rua dos Baldaques? Nunca ouvi falar!"
Putz! Só o que me faltava! E agora? Ok, forneci as poucas informações que eu tinha e o motorista foi andando pra região do IST.
"O senhor não possui um mapa, um guia..."
"Hmm... deixe-me ver o roteiro de Lisboa."
Pára o carro, desliga e pega um livrinho que pela cara devia ser de 1960. Letra B. Cinco minutos pra achar "Baldaques" (ainda bem que não era 'Buxio' ou algo que o valha!). Pra que olhar o primeiro e o último nome de cada página em uma lista em ordem alfabética??? Vamos um por um! :-Ok, agora ele sabia como chegar. Entramos na Rua dos Baldaques, "agora é só chegar no número 43..."
No meio do caminho havia uma escada. Havia uma escada no meio da rua! E a rua era estreita, descida em curva, carros estacionados nos dois lados da calçada... Como eu iria descer uma escadaria com dois malões além da mala de mão? Impossível!
Volta a rua de marcha a ré e contorna a quadra! Ok, tudo certo, achamos o prédio, descarreguei, paguei o táxi e entrei.
Fui recebida pela Cecília, a senhora cabo-verdiana que é responsável pela manutenção da Residência. Muito querida, passou-me as chaves e ajudou-me a subir as malas.
Desci ao térreo e conheci a Fabiana, que está aqui há mais de 2 anos com o marido que faz pós-doc no IST. Ambos brasileiros de São Paulo. Ela está no quarto acima ao meu e, logo após minha chegada, foi comigo ao supermercado para eu conhecer a vizinhança.
Óbvio que depois, sozinha no quarto, bateu aquele aperto. Émerson, obrigada pelo cartão da PT!!! Liguei pra casa, liguei pro Dani... Coração apertado e cansada, mas sem condições de dormir.
Fui pra cozinha e conheci o André, o marido da Fabiana. Comi um pouco de sucrilhos e conversa fora pra passar um pouco o tempo.
Dormi com a TV ligada, depois de uma hora no telefone (Skype Out ;-) ) com o Dani e a mãe. Tava passando "Um só coração". Pois é... aqui passa novela e minissérie brasileira (com som original, ufa! =) )